"PALAVRAS NÃO SÃO A ÚNICA MANEIRA DE SE DIZER ÀS PESSOAS O QUE SE QUER DIZER."

13 agosto, 2009

Filosofia da Educação

Na primeira aula de Filosofia da Educação o professor propõe duas perguntas, sendo elas:
1- O que é Filosofia?
2- O que seria, então, ensinar Filosofia?
Pensei um pouco, são duas perguntas complicadas de serem respondidas, mas optei por respondê-las seguindo a minha intuição e o meu amor pelo que estudo. Talvez tenha sido um pouco poética demais, ou talvez até mesmo ingênua. Mas o que respondi foi muito sincero e condizente com a maneira como vejo e tento pensar e fazer Filosofia. A minha resposta foge de alguma maneira ao grande consenso que há sobre o que é Filosofia e o que é ensinar Filosofia; pensa-se logo em História da Filosofia quando se fala em Filosofia, mas não a vejo meramente assim, ela é algo mais, ela significa algo mais, e além disso ensiná-la é ensinar a pensar e a perceber algo mais.
Segue abaixo a minha resposta às perguntas:
"Diz-se que Filosofia é o Amor ao Saber (à sabedoria), quando pensada através do conhecimento comum ou popular e através da etimologia. Muitos dificultam essa definição típica, buscando algo mais complexo. Porém, ainda prefiro definir Filosofia, sim, como Amor ao Saber; afinal fazer perguntas sobre coisas tão elementares como o ser, o conhecimento, a religião, etc., e além disso investigá-las requer ao menos um amor verdadeiro pelo trabalho de investigação, leitura e argumentação em cima das idéias adquiridas e percebidas ao longo do tempo. Além disso, Filosofia pode ser definida através de uma "pragmática filosófica", quero dizer com o termo "pragmática filosófica" o espantar-se com as coisas e conceitos, o estar perplexo diante de, o encantar-se com o mais simples de algo, ou seja, ao "perceber" as coisas procurar o mais elementar e descobrir o mais simples e admirável presente nelas, a fim de conceituar, mostrar e chamar a atenção dos outros diante de tais coisas, para o simples presente nelas: O simples, porém encantador! E assim, para fazer Filosofia é necessário viver o empírico e entregá-lo ao teórico! Depois de tê-la definido desta maneira, posso dizer que ensinar Filosofia, pelo menos para mim, não é simplesmente ensinar a compreender um texto, ou perceber um erro dentro de um conjunto argumentativo. Ensinar Filosofia é plantar e semear a semente da perplexidade, e conseguir fazer o próximo perceber a mágica que há nas coisas e construir idéias e conceitos sobre tais coisas, mas visando sempre o "encantar-se" que a coisa nos dá ao se desvelar diante de nossos olhos. Ensinar Filosofia é conseguir transmitir o amor ao conhecimento e à percepção das coisas, transformando uma cadeira em não apenas uma cadeira, mas na CADEIRA!"

4 comentários:

  1. Foi poético sim, mas sincero. E poderia o professor esperar uma resposta menos apaixonada de quem gosta do que faz?

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  2. Bom texto. Bonito e emocionante. Poderias desenvolver mais ele...
    Eu acredito que exista uma palavra junto com a filosofia (e o seu passar adiante), que é entusiasmo pelo que se investiga. Entusiasmar-se com o saber, com o querer saber.
    Outro dia fui em uma palestra no planetário, e o palestrante passou um video com uma entrevista que ele fez com uma professora. Ele registrou o econtro em video, e passou um trecho para nós. Reparei que enquanto ele via o video dele com a professora que ele entrevistou e conversou por duas semanas na sua pesquisa, ele se emocionava a até limpava as lágrimas.
    Fiquei perplexo com tamanho entusiasmo dele com o que ele havia apreendido e conhecido com aquela professora.
    Pensei muito nisto e vi que em filosofia é preciso ter grande entusiasmo. E manter nas pessoas este entusiasmo pelo conhecimento ao se ensinar filosofia tenho certeza que é uma grande conquista.
    O entusiasmo daquele professor me serviu de exemplo.... por isso estou dizendo isto.

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  3. Parabéns! Ficou show! Uma resposta autêntica.

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  4. Obrigada Márlon!!!! Que bom que gostou!

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