"PALAVRAS NÃO SÃO A ÚNICA MANEIRA DE SE DIZER ÀS PESSOAS O QUE SE QUER DIZER."

04 agosto, 2023

três meses sem nosso Rajinho

Hoje fazem 3 meses daquele acidente que te feriu de um modo irreversível (03/05/2023). Três meses sem seu miado especial com o qual nos chamava todas as manhas: "mia-miau". Três meses de uma das decisões mais doloridas da minha vida: te deixar partir, te deixar partir por saber que você não teria qualidade de vida mesmo com todos os nossos esforços (04/05/2023).
Me culpo por não ter ido atrás de você aquela noite até vc voltar, me culpo por não ter te chamado e insistido pra você assistir série junto com a gente. Talvez se eu tivesse feito isso, você estivesse aqui. 
Eu sinto uma falta avassaladora da sua companhia, do seu jeitinho, do seu amor, e do seu modo de se permitir ser amado. Você tornou os dias meus e do Otto mais felizes, mais alegres, mais coloridos. Brincar e estar com você eram momentos incríveis, momentos que faziam meu coração transbordar. Quando você começou dormir comigo no sofá, você me deu momentos de muita cumplicidade, carinho, amor, amizade pertencimento e segurança. Sim eu me sentia amada por você, e eu te amava e amo muito, meu gordinho...
Sua presença foi muito importante pra mim! Eu tinha sonhos de te dar uma casinha melhor, mais segura e aconchegante, tinha o  sonho de você se sentir mais seguro, de se sentir mais confiante dentro de casa. Eu sonhei tanto, mas tanto que a chegada de um novo gatinho pudesse te aproximar ainda mais da gente, que pudesse te fazer entender que a gente te amava incondicionalmente e que dentro de casa, em qualquer parte da casa, você estaria seguro e seria feliz. 
Mas Deus não  permitiu a concretização desses sonhos. Deus te tirou da gente cedo demais, de uma forma violenta  demais. Meu coração ficou e está em pedaços. Tem sido difícil demais olhar todos os cantos e não ter você, não ter a presença do gatinho querido que nos conquistou, do gatinho querido que teve a bênção de nao ter nem fiv  e nem felv. Dói  demais ter perdido você, o gatinho que acolheu tanto o Otto quanto a mim nos momentos mais difíceis, e que passou pelas perdas difíceis da Bibi e da Angel, e que no seu tempo conseguiu se reconstruir com o nosso amor compartilhado e com a convivência de outros amiguinhos.
Eu sinto tanto a sua falta Rajinho, eu sinto tanto tanto tanto a sua falta.... dói muito não ter você com a gente presencialmente, não ter seu amor aqui pra vivenciar nos mais diversos modos de olhar, gestos e manias.  Eu te amo meu amor! Eu te amo Rajinho querido! Me desculpe por não ter conseguido evitar que você passasse por essa dor. Me desculpe por não ter conseguido te salvar, mesmo tendo tentado. Eu juro que teria feito muito mais por você se você pudesse ter uma vida terrena  com qualidade apesar do acidente. Eu faria qualquer  coisa por você, eu faria qualquer coisa pra ter você de volta. 
Se existe essa possibilidade no universo, quero  que saiba que eu adoraria conviver mais e mais com você, te dar amor, compartilhar amor... Eu te amo pra sempre Rajinho! Sinto muitas saudades! 

28 abril, 2023

A despedida do Chico

Mais um gatinho partiu da minha vida hoje. Dessa vez não pude me despedir, foi rápido, como toda partida causada pela felv. Estou falando do Chico, ou o gatão,  o gatinho preto falador que cuidava dos  filhotes que nasceram em Resende no carro do meu pai. O Chico era um gato especial, eu e a Lidiane resgatamos ele em janeiro - fevereiro de 2017. Ele estava lá com os filhotes, comecei a alimentar, ele era muito dócil, me deixava fazer carinho, me via  na janela e miava muito, me seguia, gostava de carinho, deixava eu pegar no colo. A Lidi não queria no início ficar com ele, mas faltando dois dias pra eu voltar pra Floripa, ela decidiu ficar com ele, que recebeu o nome de Chico e que tinha aproximadamente 5 anos já, e com dois filhotes que receberam o nome de Salem (macho) e Banguela (fêmea). Passei os últimos anos indo visitar eles na casa da Lidi, obviamente não somente isso, afinal.ganhei uma amiga também. Mas era sempre um prazer enorme ver que aqueles gatinhos estavam bem e felizes. O Chico lembrava e mim sempre, vinha se esfregar, miar, deitava no colo. Em nenhuma visita ele deixou de demonstrar que se lembrava da sua amiga do prédio, daquela moça que o ajudou a ter um lar. A Lidiane comentava que ele não era de ser fofinho assim com todo mundo que ia na casa dela, e isso me fazia ter certeza que ele se lembrava sim de mim. Se eu o tivesse encontrado em Floripa, ele teria morado comigo, mas como foi em Resende eu consegui a melhor casa possível pra ele, a casa da Lidiane. 
Hoje, escrevo  tudo isso para dizer que também sempre me lembrarei de você, que sempre irei visitar a Lidi e seus filhinhos, e que sempre que o fizer sentirei o coração um pouco mais apertado, pq você não estará lá em  corpo, mas apenas em alma e amor. Eu amei você a distância, mas também fiquei tranquila porque estava bem.
 Essa doença é  maldita, nenhum gatinho merecia passar por isso. Essa doença infelizmente é  uma sentença  de morte, imprevisível é  verdade, o gatinho pode viver anos, meses ou dias, mas sempre termina da mesma maneira.... é  muito triste ver o gatinho se esvair, querer viver e não conseguir...  definitivamente eles não merecem isso.  Daria tudo  pra ter consigo salvar vice Chico , pra ter salvo a Bibi também... Mas apesar da tristeza que sinto hoje, sei que você foi morar no céu da melhor maneira possível, sem sofrer, com muito carinho, cuidado e amor. Te amo meu gatão! Sentirei saudades! 

01 março, 2023

Sempre o mesmo

Medo, dor, insegurança, sentimentos alimentados dia a pós dia. Tudo que eu achava que era, se perdeu no tempo. Tudo que eu achava que podia também se  perdeu. Este caminho que trilhei fez eu não saber mais quem sou. Dificuldade em me posicionar. Dificuldade em me mostrar, em deixar aparecer o que penso e como penso. Dificuldade em me afirmar. 
Como destruir esse muro? Como conseguir sair dessa jaula? Como retirar as amarras? Nas palavras não consigo, nas atitudes não consigo, nos sentimentos não consigo, no pensamento não consigo. Por que não posso sair de dentro de mim? Por que estou presa ao meu interior? E, assim  as vendas ficam maiores, e as algemas ficam mais apertadas, e as paredes mais altas.... Como  parar o processo? Como parar a luta? Mantendo o igual, ou tentando mudar? Desistindo ou seguindo? Se seguir significa continuar na dor, no medo e  na insegurança, nao seria melhor desistir? Desistir também é  mudar, mas se pode mudar mantendo o mesmo, se pode mudar lidando com tudo isso de outra forma, uma forma que eu ainda não descobri.