"PALAVRAS NÃO SÃO A ÚNICA MANEIRA DE SE DIZER ÀS PESSOAS O QUE SE QUER DIZER."

16 maio, 2024

despedida da Tia Meire

Hoje é  um dia muito triste para a nossa família. Tia Meire morreu, assim sem mais, simplesmente partiu. Ela tinha diabetes, estava desregulada, mas nunca imaginei que isso a levaria tão rápido. Estou arrasada, mais uma vez passando por um luto. Não entendo o motivo de Deus sempre levar as pessoas boas embora antes. 

A Meire tinha um coração enorme. Me cativou desde o primeiro momento que a conheci, quando eu tinha lá meu 11 anos. Ela sempre foi muito carinhosa e amorosa, sempre com sorriso no rosto fazendo os demais sorrir também. 


Vou sempre me lembrar da primeira vez que ela foi lá em casa. Ela, o Tio Nereu e a Brayla, essa ainda um neném de colo. Eles foram pra lá para serem meus padrinhos de crisma. Mas dessa lembrança, uma das mais bonitas, é  a de banho de bacia na Brayla. Estávamos eu, a Tia Meire e minha mãe cuidando da Brayla pequenininha, e ela precisava tomar banho, então a gente improvisou um banho pra ela numa bacia. Foi um momento divertido, amoroso e único que guardei com todo o amor no meu coração. E agora, ressiguificado de saudades...

Por conta da pandeia,  do doutorado, do trabalho, estou sem ver a Tia Meire e o tio Nereu desde 2019. Fim de 2023, quando acreditei que a gente fosse se reencontrar, só houve desencontros e eu não pude a ver. Queria tanto ter dado um abraço carinhoso nela, antes dela partir ...  ter sentido um pouco mais daquele carinho que só  ela sabia dar... Essa dor do luto é  tão cruel, estar longe das pessoas que amamos nesses momentos é  terrivelmente cruel... Queria ter a sabedoria de compreender e aceitar melhor a morte de pessoas que amo... queria conseguir compreender esse processo como parte da natureza e do processo vital do mundo... mas mesmo tentando pensar assim, não consigo sentir assim. Sei que morrer é  inevitável, mas porque alguns morrem tão jovens? Por que  sempre os bons partem antes? Por que  a morte nos dá lições  tão pesadas na vida?

Falei com ela por telefone a última vez  dia 05/05/2024, uma conversa sobre as cheias no Rio Grande do Sul. É como se eu pudesse ainda ouvir a sua voz... é  inacreditável que passados apenas 11 dias daquela conversa, eu receba hoje a notícia de sua morte.  Assim, sem mais, ela simplesmente partiu, durante uma noite de outono...  é  inacreditável o quanto a morte e o tempo são implacáveis... 

Tia Meire, onde quer que você esteja, saiba que te amo muito. Saiba que olharei pelas meninas com o mesmo carinho que você olhou por mim. Sentirei muitas saudades! Muitas saudades... 

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