"PALAVRAS NÃO SÃO A ÚNICA MANEIRA DE SE DIZER ÀS PESSOAS O QUE SE QUER DIZER."

02 maio, 2011

Existe a felicidade?


É muito difícil falar de si mesmo sem falar do meio em que estamos.
É muito difícil falar de si mesmo sem ao menos mencionar o fato como as coisas ocorrem e porque estamos sempre dispostos à mudança.
As mudanças ocorrem e muitas vezes nem nos damos conta disso.
O fato é que nos entregamos ao mundo e a vida de uma maneira sublime, que até mesmo os problemas, o sofrer e a dor fazem parte desse se entregar.
O que seria então de nós mesmos senão fossemos constituídos de opostos que se completam e nos complementam? Como seria a nossa vida se não encontrássemos nas adversidades a força para continuar?
O homem sempre buscou a felicidade, mas nunca percebeu que existem momentos que podemos chamar de momentos de veras felizes. O homem sempre teve o anseio de querer mais felicidade e esqueceu de viver a cada segundo como se este fosse o mais feliz e importante.
Obviamente o futuro incerto nos causa angústia e inquietação (estou inquieta agora), contudo sei que vivi momentos felizes que me enchem a alma de alegria e sublimação quando me recordo deles. Assim como todos os homens quero momentos de felicidade (não creio ser possível alcançar uma felicidade extrema), mas quero momentos em que eu possa dizer: - Sim! Estou feliz! Sinto-me leve como um pedaço de nuvem, ou como a brisa fria que balança as águas!

3 comentários:

  1. Existe. Eu sou feliz! Parece simples, e é mesmo. Não adianta complicar. Há tanta coisa em jogo que as pessoas esquecem de pensar naquilo que é mais importante: Deus! Preferem sofrer com o conhecimento.

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  2. Caro leitor,

    Primeiramente queria esclarecer que este é um blog que trata de assuntos filosóficos de maneira filosófica evidentemente. Portanto, é objetivo deste blog discutir vários assuntos que parecem óbvios, como é o caso da 'felicidade', visto que para a Filosofia a 'felicidade'assim como o 'bom', o 'belo' são conceitos que precisam ser melhor esmiuçados.

    No próximo comentário comentarei suas colocações.

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  3. Segue:

    Caro leitor, é muito simples afirmar que és feliz. Mas o que está em jogo aqui é o CONCEITO de 'felicidade'. Tentei aqui deixar claro que não existe uma 'felicidade'superior àquela que vivemos em cada segundo que passa, que o conceito de 'felicidade' com o qual estamos acostumados nos leva a pensar que nunca alcançaremos A FELICIDADE, ou seja que esta é superior. Contudo, o que quero deixar claro é que existe um tipo, ou conceito de 'felicidade'que devíamos dar mais atenção, que é a felicidade ao ver uma flor, ou trocar umas palavras com quem gostamos, e esta, a que acredito ser a verdadeira felicidade, é momentânea, e pode estar presente em todos os segundos de uma vida, ou apenas em alguns, mas o importante é que ela é vivida a cada momento que é e logo deixa de ser, para que outro se inicie.

    Quero salientar ainda, que apesar de para sua vida Deus ser o mais importante, não posso aqui dizer que este também o é para as demais pessoas, e muito menos afirmar que Deus é a razão da felicidade de todos existentes. Quero ainda deixar claro ainda que negativar o conhecimento como você fez é muito perigoso, filosoficamente falando. Veja bem, a palavra conhecimento vem de uma grega - episteme - que significa razão, intelecto, conhecimento. Desde os gregos, ou seja, anteriormente à Cristo, os humanos já se preocupavam com a questão do conhecimento. Hoje, tem-se através de Kant (filósofo do séc. XVI) que para se conhecer é necessário os sentidos (visão, audição, etc.), bem como a razão ou intelecto. Através dos sentidos estamos em contato com tudo que há no mundo, ao passo que todas essas informações adquiridas pelos sentidos são processadas através da razão tornando assim possível se conhecer o mundo. Expliquei isso, pois duvidando desse processo, ou seja do conhecimento, é possível colocar em dúvida até mesmo se você existe, se você mesmo sabe que existe. Somente através da possibilidade de conhecer é que você pensa. Somente através do conhecimento é que você pode afirmar que para você Deus é o mais importante. Conhecer não é sofrer, a ciência não é sofrimento. Aliás, se Deus nos criou e nos fez semelhantes à ele, então também advém dessa criação a possibilidade de conhecer e fazer ciência, e chamar essa parte da criação divina de sofrimento é renegar Deus.

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