"PALAVRAS NÃO SÃO A ÚNICA MANEIRA DE SE DIZER ÀS PESSOAS O QUE SE QUER DIZER."

25 agosto, 2010

A Filosofia pensa o Humano?

Estive pensando hoje, durante a tarde, enquanto lia Ortega y Gasset, e cheguei a uma conclusão um tanto engraçada e simplória: como filósofa sou apaixonada pelo o que é Humano, assim como os engenheiros pelos artefatos técnicos, os físicos pelos fenômenos do universo, os sociólogos pelos fenômenos sociais, os biologos pelas seres da natureza, os artistas pelos objetos artistícos, etc.. Mas há algo em comum em tudas essas paixões, todos são apaixonados pela criação, criação humana ou divina, mas entregue à força do acaso e da contingência.

No fundo quando a Filosofia pensa a natureza, ela está pensando como é a visão humana da natureza e não ela mesma; quando a Filosofia pensa a arte, está pensando como é a visão humana da arte e não ela mesma; quando a Filosofia pensa a técnica, está pensando a visão humana sobre a técnica e não ela mesma, quando a Filosofia pensa a ciência, está pensando a visão humana sobre a ciência e não ela mesma; e assim por diante. Mas e quando a Filosofia pensa o Humano, pois bem, ela está pensando a visão que nós humanos temos de nós mesmos, isso não parece óbvio? Não?



Um comentário:

  1. Hum, se o artista pensa a Arte pela Arte, sem aplicar uma função ou viés de interpretação, isso pode ser chamado de Arte pura? É necessária essa divisão, como na Matemática Pura e Aplicada, ou é possível pensar o Humano sem necessariamente atribuir o viés do Humano sobre ele mesmo?

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